O céu, antes azul, cobria-se rapidamente de nuvens escuras que toldavam a luminosidade daquela tarde de verão. As pessoas corriam desabaladas, em busca de suas casas, como aves assustadas que voam para seus ninhos, procurando proteção diante do perigo que se avizinhava. O vento soprava com força, mas parecia cantar na sua trajetória assustadora.
Chegou o temporal avassalador! O riacho logo transbordou, carregando consigo tudo o que encontrava pela frente. Não importava se eram roupas, móveis, casas e até pessoas. Ouviam-se gritos, choro, blasfêmias, orações… era a Humanidade clamando por socorro.
Depois, tudo voltou à calma, o vento se calou, as nuvens desapareceram, o céu sorria no seu azul luminoso e o sol radiante reapareceu.
Foi a Natureza que provocou todo aquele alvoroço. No seu grito de alerta, dizia ao homem que o desrespeito e a ingratidão estão causando um enorme descontrole ao nosso lar terrestre. Que tudo que nos é oferecido pelas leis soberanas da vida deve ser usado com economia e moderação, e que o tempo, senhor da sabedoria, nos ensinará que os bens nos são oferecidos para que sejamos felizes!
As leis divinas nos ensinam diariamente a preservar, de forma saudável, nossas relações com o ambiente terrestre. Que sejamos parcimoniosos com o uso dos bens da natureza e pródigos em virtudes morais. Que economizemos água, preservemos as matas e aproveitemos a energia solar… mas que distribuamos a mancheias o carinho, a paz, a esperança, a alegria…
Precisamos aprender que na medida em que equilibrarmos nosso mundo íntimo, descobriremos quanto de divino carregamos em nós e aprenderemos a amar, tornando-nos dignos de ser chamados discípulos de Jesus!
Unamos nossas vozes às da Natureza, e elevemos ao infinito um cântico em louvor a Deus!